quarta-feira, 11 de maio de 2011

Oração de Jabez



Oh! Que me abençoes e me alargues as fronteiras, que seja comigo a tua mão e me preserves do mal, de modo que não me sobrevenha aflição”. 1Cr 4.10 Oração de Jabez

E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido! A oração de Jabez não é uma fórmula mágica, nem deve ser a única oração a ser feita. Contudo, à medida que observarmos mais cada um dos pedidos de Jabez, você descobrirá por que Deus se compraz em responder a essa oração, e entenderá por que fazê-la pode liberar os milagres em sua vida!

Tenha certeza que Ele lhe proverá tudo que precisa. Ele ajudará abrir o avental de sua vida, de forma a receber e segurar todas as bençãos que Ele deseja derramar sobre você!

Quaisquer que tenham sido as circustâncias de vida até agora, seu passado não precisa ser um retrato de seu futuro, creio que Jabez compreendeu essa verdade. Por isso, apesar se seu começo infeliz, Jabez escolheu acreditar em algo sobre Deus que mudou sua vida para sempre.

Deus não só poder lhe abençoar como quer abençoar – e muito!Contudo, a forma como Deus responde a essa oração jamais será igual para mim e para você! Cada um de nós teremos respostas diferentes, em circunstâncias totalmente diferentes, com pessoas diferentes, com lições diferentes e com bençãos diferentes. O importante é ter isso em mente e fazer a oração de Jabez e esperar as respostas de Deus!

Não é hora de deixar que Deus lhe mostre a cena completa, o desfile todo?Não tenho dúvida que Deus lhe concederá o que pedir! Ele deseja ouvir sua voz hoje! É hora de aproveitar o desfile!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Livres Para Alcançarmos Mais

Eram poucos na Avenida. Domingo. Dia das Mães. Ainda assim, saímos em dupla (e era somente uma dupla mesmo!). Nada contra ovelha que não pode ir. Saímos em busca da centésima ovelha! Engraçado. Ovelha buscando ovelha. Ovelha mãe e ovelha filha. Antes assim... Melhor obedecer ao Pastor. Não sei que horas vai cobrar a tarefa...

Sempre nos tratam muito bem, pois sentem sinceridade e amor de Deus. Somos adeptas do "Indo..." ao invés do “Ide”, até pelo alcance. A impressão é a de que nos tornamos maiores, alcançando mais como que numa elasticidade divinal evangelística. Livres para alcançarmos mais. Não tem como não associar a frase que parece com "slogan" de loja de departamentos ou hipermercados (sim, pois tudo hoje é “hiper”!) com um locutor bradando a venda de TV de LCD assemelhando-se a feira-livre.

Manhã tímida e ainda insegura sem definir se quente se fria! Uma certeza nos preenchia a alma: Deus está no controle. Como sempre! O pretexto nas mãos em forma de pacotinho brilhante com dois chocolates “BIS”, amarrado com fitilho e uma singela mensagem alusiva ao dia. Espírito Santo dirigindo.

Com curiosidade, os dois travestis nos observavam. “O que estaria fazendo aquela dupla num Domingo de manhã na Avenida Industrial ao invés de estarem preparando ou se preparando para almoçar em família, com suas... Mães?” Nos seguiam os olhares e chamaram outros três. “O que teria naquela sacola de marca de chocolate famoso se a Páscoa tinha sido a muitos Domingos atrás?”

“Eu só quero estar onde Tu estás...” Este louvor sempre nos vem à mente quando estamos fazendo adorando com este trabalho com o pessoal de rua. Sejam travestis, garotas de programa, moradores de rua, dependentes químicos, enfim, população que vive à margem! Mães não esquecem... Mães que oram incansáveis para que alguém da parte de Deus os acolha e os ame. E Ele ouve, capacita e envia para estarmos onde Ele quer que estejamos. No exato dia, hora e lugar.

Paramos. Conversamos. Perguntamos nomes de suas mães. Entregamos lembretes. A mensagem é a de que Jesus se importa com todas as vidas. “Minha mãe é tudo”, dizem com veemência. Concordamos e reforçamos: ‘Jesus é tudo nas nossas vidas. ’

Saldo final em menos de duas horas de evangelismo: treze travestis. Alguns já conhecidos nossos, ainda que de vista. Alguns novatos tanto para nós quanto para a Avenida que os adotou. Famílias, digo, mães, longe, muito longe dali. Estados do Norte e predominantemente Nordeste. Unânimes em pedir orações para suas mães. Apenas um deles pediu oração ali mesmo na hora! Oramos. Chorou. Ficaram surpresos e felizes por estarmos num Domingo que não era como outro qualquer, entregando uma mensagem de vida em meio ao caos. Alguns sob forte ressaca não entenderam muito bem o propósito. Entenderiam a mensagem posteriormente. Perguntaram se fazemos sempre este trabalho e, demonstrando interesse neste Jesus do qual se afastaram, nos comprometemos retornar sem perder a oportunidade de um convite para o Café na Garagem com Deus. Com um abraço de mãe nos despedimos.

Concluímos o evangelismo com sentimento de dever cumprido. E para não nos fiarmos em nossas vaidades pessoais, o lembrete do Pai vem certeiro na Segunda Carta do Apóstolo Paulo aos Coríntios 10.17:


“Quem, porém, se gloria, glorie-se no Senhor.”




Maria Grizante.

sábado, 7 de maio de 2011

"Minha Mãe é Tudo"

Para todas as mães que:
Esperam por filhos e esperam pelos filhos,
Esperam mais que gratidão, esperam atenção,
Esperam visita ao invés de mensagem de texto,
Esperam respeito ao invés de reparação,
Dias melhores.

Para todas as mães que:
Observavam filhos no quintal e os perderam de vista,
Sonharam sanar todas as suas dores,
Com embrulhos de caixas de múltiplas cores,
Sonharam dormir em paz ao ressonado do anjo,
Dias melhores.

Para todas as mães que:
Ouviram o choro na madrugada de inverno,
Amamentaram suas crias e como leoas os defendeu,
Nas madrugadas frias, os aqueceu,
Nas praças de lágrimas sem conta,
Dias melhores.

Para todas as mães que:
Acalentaram com antigas canções,
Inventaram estórias em noites de hospital,
Olhos ressequidos, mal dormidos, sem igual,
Sentença que vem e já não surpreende,
Dias melhores.

Mães que esperam por dias melhores,
Mães que esperam por sorrisos sinceros,
Mães que são tudo!
Mães que dizem tudo
Num abraço tão grande,
Tal e qual um abraço do Pai,
Dias melhores.
Sempre.

Maria Grizante



segunda-feira, 2 de maio de 2011

Trabalhadores ou Explorados?

Diz-se da profissão mais antiga do mundo, como sendo aquelas ou aqueles que ganham a vida no “comércio das práticas sexuais”, ou no popular a prostituição. Também denominado pela sociedade de um modo geral como “pessoas de vida fácil”. A mulher de vida fácil já foi conhecida por outros nomes como: mulher-dama, dama-da-noite, meretriz, mariposa, prostituta, ou garotas de programa nos dias atuais. Como trabalhadores do sexo, estão também os denominados ‘miches’, abreviação de Michele, as monas e os travestis.





A vida nada fácil dos trabalhadores do sexo como são chamados no politicamente correto, é tratada pela sociedade de um modo um geral com extremo preconceito, discriminação e algo que se quer esconder a todo custo das ruas e avenidas, do meio social, das escolas, dos centros urbanos e rurais, de repartições públicas e (misericórdia!) das igrejas. Sim, das igrejas, o único lugar em que estas pessoas deveriam ser recebidas e acolhidas, integradas e amadas. Em meus parcos recursos bíblico-teológicos, ouso fazer algumas considerações:


Não foi Jesus quem pediu água a mulher samaritana para acolhê-la e incluí-la na sociedade?


Não foi Jesus quem desafiou a população a atirar pedras na mulher de vida fácil da época quando se arvoraram na posição de juízes?


Não foi a mulher de vida fácil quem foi ao sepulcro chorar e ser a primeira a constatar o seu “desaparecimento”?


Não foi à mulher de vida fácil que Jesus apareceu ressuscitado desbancando os religiosos de plantão?


Não foi Jesus quem disse que somente o Pai é o Justo Juiz de TODOS?


Não foi Jesus quem deixou a máxima de acolhermos os pequeninos e amá-los incondicionalmente?


Não foi Jesus quem veio para que tivéssemos vida e vida em abundância, sem distinção, bastando apenas amá-Lo e aceitá-Lo como Senhor e Salvador de nossas vidas?


Não foi Jesus, o Bom Pastor, que lembrou-nos o compromisso de irmos à busca da centésima ovelha para que todas estejam sob Seus cuidados e os do Pai em seu aprisco?



Muito mais seriam as reflexões acerca do papel da Igreja em favor dos que estão do lado de fora dos templos, os trabalhadores do sexo em questão, e explorados por uma sociedade que coloca o prazer como principio de vida, ainda que passageira e tênue vida. Os trabalhadores do sexo, e explorados pela ganância do homem, não tem um dia a comemorar. Escravizados por um mal muito maior que o roubo da ‘mais valia’. Um mal orquestrado pelo Inimigo das nossas almas, que mantem cativo um povo liberto pelo sangue de Cristo na cruz do Calvário. “Vida miserável” é como se referem a si mesmos e a atividade que exercem nas ruas, quando os visitamos nas noites de sábado num trabalho chamado Evangelismo, em que o mote é falar do amor de Deus. Roupas mínimas. Baladas. Lágrimas. Alcoolismo. Desvio de caminhos. Sonhos. Histórias. Muitas histórias.



Então, olhemos para os trabalhadores do sexo, com o mesmo olhar que certamente Jesus olharia. Sem julgamentos. Condenação. Dedo em riste. Resistir ao ímpeto de levantar do banco ao ter como companhia um suposto ex-trabalhador do sexo. Resistir ao desejo de comentar na “roda dos escarnecedores”. Orar em favor deles. Sim orar, pois é isto que agrada o nosso Deus e faz muros caírem.



Olhar de Amor. Em nome de Jesus, amém.







Maria Grizante.