sábado, 10 de setembro de 2011


ATOS 29

Graça e paz aos amados da Igreja Inclusiva de Jesus Cristo em Movimento.

São conturbados os dias. Uma saudação não estática para um tempo não estático. A rocha continua sendo Cristo! Alguma dúvida? Os imitadores do apóstolo Paulo, os ousados como Pedro, somos nós! Igreja em movimento e em adoração. Oração. Obediência. Comunhão. Gratidão. Indo ao encontro do que não aprendeu a adorar em gratidão pelo simples fato de estar vivo! Ter comunhão, pois é privilégio ter um Deus vivo que inclui a todos em sua mesa! Um Espírito Santo que consola, afaga e renova as esperanças a cada dia. Orando em conversa com o Pai, que ultrapassa o teto e invade o céu.

Sair nas noites de Sexta-Feira, após oração, por vezes jejum, buscando em todo o tempo a presença e a direção de Deus para mais um trabalho evangelístico, não nos faz super-heróis apocalípticos ou algo assim. Somos imperfeitos e diante da grandeza e majestade do Criador, somos sim, mínimos. Estamos tão somente cumprindo o “Ide” em obediência, por amor ao que está à deriva e daquele que ninguém sente falta. É ser conduzido pela compaixão.

Como é triste não ser notado! Quão terrível é não ser percebido a menos que seja uma ameaça ao dono do carro com vidro escuro fingindo não ver a dor estampada em rostos sofridos e com identidade sem valor algum. Esse "aiaiai" tem nome! Sua cura, sobrenome: Jesus Cristo, o Filho único do Deus Atíssimo. Aleluia! Que enxergou e enxerga a todos. É movido por este nome e sobrenome, que saímos levando na bagagem de mão e no coração, a compaixão. Seja com calor em noite de lua cheia com olhares curiosos que povoam bares, casas noturnas e viadutos, nos seguindo até a próxima esquina, ou com frio de fina garoa cortando nossos rostos, congelando os pés, mas no calor intenso que vem do Espírito de Deus que habita em cada um de nós. Temos abraços a ser entregues aos seus donos...

É na adversidade que apresentamos o que significa andar com Cristo! A cada noite de Sexta-Feira, temos a plena convicção de que Ele, não só caminha conosco como podemos até ouvir a suavidade de suas palavras sussurradas em nossos ouvidos quando nas sombras, escondem-se silhuetas tímidas de vidas sem esperança, e após um sorriso, nos achegamos com palavras que não sabíamos conhecer! Em retribuição, recebemos olhares sinceros de aprovação daqueles que conheciam de ouvir falar. Insistentemente querem saber qual a denominação, a placa, a forma de chamar aquela igreja em movimento, que sai do conforto das quatro paredes e de tudo o mais que ela oferece e representa na “sociedade religiosa dos incluídos vitoriosos e eleita”. Respondemos então o óbvio, que nossa denominação é primitiva. Nossa placa não é visível, pois está no nosso coração. Somos e nos chamamos de Corpo, pois assim o somos, entendendo como cabeça, o próprio Cristo Jesus.

Citamos João 3.16 só para constar:

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho único para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna".

Alguns ficam constrangidos, envergonhados de suas feridas na carne expostas como suas vergonhas, choram. Contudo, sentem verdade em nossa visita. Sem juízo que se sobreponha a misericórdia (Tiago 2.13), levamos tão somente o amor de Deus. Falamos, levamos e apresentamos Jesus. Invadimos a escuridão e desesperança das almas, na ousadia do nome que é sobre todo nome! Não nos intimida a promiscuidade de corpos à venda, produzidos para serem explorados. A fumaça de cigarros duvidosos não nos afasta do propósito. Nem mesmo o cheiro do álcool misturado a seres sem cuidado em restos de vida e cabelos sem corte. Ou a labareda do cachimbo sem paz.

Princípio de madrugada, contabilizamos as muitas mensagens entregues. Os abraços. Orações. Convites para o Café na Garagem com Deus. Novamente a brisa leve, com perfume suave inconfundível. Sopro quase imperceptível, portador novamente do marcante sussurro: “Tendo feito a um dos meus pequeninos, a mim o fizeste”. Esse Jesus viu!

E assim, gratos Àquele que nos enviou para que combatêssemos o bom combate como Igreja Inclusiva, concluímos mais um momento de adoração. Em obediência e amor ao Pai, levando o amor do Filho, o convencimento certamente virá pelo Espírito Santo. Tudo em favor da expansão do Reino.

Assim, como igreja em movimento, que ao invés de ar sisudo e arrogante dos fariseus, distribuímos sorrisos. Com tempo de sobra, estamos ali para isto, ouvimos aos que querem falar de suas dores. Apresentamos a alegria que vem de Deus com um abraço. Deixamos a esperança na despedida com uma oração sincera. Muitos não resistem a tanto amor e baixam a guarda, choram. Entregam-se. Lembram-se de um louvor e querem cantar. Cantamos. Louvamos o amor de Deus madrugada adentro. Adoramos. Compartilhamos no dia seguinte, ao redor da mesa do Café na Garagem com Deus, nossa gratidão pelo privilégio de Servir!

Que a mesma graça, paz, fidelidade e amor continuem agindo nos corações e mentes daqueles que foram chamados a serem servos submissos e, em santidade, exaltados para que toda a honra, glória e majestade sejam dadas ao Senhor nosso Deus, agora e para todo o sempre. Amém e Amém.

Maria Grizante.