domingo, 30 de outubro de 2011



Atos 20.35


“Tenho-vos

 mostrado em tudo

 que,

trabalhando assim, 

é necessário auxiliar os enfermos,

e recordar as palavras do Senhor Jesus, 

que disse:

Mais bem-aventurada coisa é

dar do que receber.”

quarta-feira, 26 de outubro de 2011




Vamos Tomar um Café com DEUS?
A Garagem é o Seu Coração!

Falamo-nos com certa frequência. Entre outras coisas, crise financeira, cirurgias pelas quais já passou para a retirada do silicone, o resgate de vínculos familiares, a volta aos estudos, enfim, o pedido que encerra a conversa é sempre o mesmo, que continuemos a orar por ele.

Como fruto do Café na Garagem, nossa responsabilidade transcende o último domingo do mês quando acontece o Café. O compromisso é com Deus, e Ele está no controle!
Por incontáveis vezes, nos sentimos fracos, entristecidos, lutas maiores do que acreditamos poder suportar, desânimo, dificuldades e toda sorte de palavras “malditas” com a intenção de desistirmos de fato. Mas, neste momento, lemos um pequeno recado de umas poucas linhas, deixado na caixa de correio eletrônico, dando conta de que:

“Está tudo bem...” “Estou com minha família, e é bom isso, estar de volta...” “Lembro sempre deste cafezinho abençoado e como ele me fez bem...” “Fiz mais uma cirurgia. Estou em dificuldades, mas Deus cuida de mim...” “Continuem firmes e orem por mim!” “Abraços a todos do Café...” “Quem sabe um dia vou visitar vocês?!” “Saudades...”

E assina deixando-nos envergonhados com nossa pequenez diante da grandeza do Deus Altíssimo Todo Poderoso. Diante da nossa fé frágil e vacilante. Um grão de mostarda com dimensão gigantesca frente a nossa inconstância, nosso vacilo, nossa desculpa manjada e corriqueira: “quando os filhos crescerem... eu me aposentar... terminar de pagar o financiamento da casa própria... pagar o carro... terminar a faculdade... o mestrado... doutorado... o neto estiver maiorzinho... vou fazer algo”.
Jesus afirmou:

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” 
(Jo 14.6).

Mas, como conhecerão o caminho, ou retornarão para ele, decidindo-se pela verdade e não pela morte, mas pela vida em abundância e eterna, se continuarmos firmes e arraigados à nossa zona de conforto? Como sairão do caminho estreito e de ilusões, de mentiras e de morte, se continuarmos amando somente aqueles que não exigem desafio algum? Como terão um encontro genuíno com o amor que salva, cura e liberta se questionarmos e, nos colocarmos não como servos, mas como juízes, condenando vidas a prisão perpétua, ao “corredor da morte” sem apresentar a esperança em Jesus?

Jesus tem pressa! A garagem está entulhada ou com espaço?

O café e o amor estão esfriando...

Maria Grizante.


domingo, 23 de outubro de 2011


 Eu Sei Que A Gente Se Acostuma Mas Não Devia

A Gente Se Acostuma

 Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E porque à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão. A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíches porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. A gente se acostuma a abrir a janela e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números da longa duração. A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com o que pagar nas filas em que se cobra. A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes, a abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema, a engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos. A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às besteiras das músicas, às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À luta. À lenta morte dos rios. E se acostuma a não ouvir passarinhos, a não colher frutas do pé, a não ter sequer uma planta. A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda satisfeito porque tem sono atrasado. A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.

(Marina Colasanti)

Fonte(s):http://www.pensador.info/p/eu_sei_que_a_…

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O Café na Garagem com Deus 
É o Nosso ‘Logos Hope’*


Água no copo, no chuveiro e quando muito na piscina ou, exagerando, na praia com garantia de que ela não ultrapasse os joelhos. Um olho no mar e o outro no salva-vidas! Assim pensamos, confortavelmente assistindo em ‘blu-ray’ pela enésima vez, Titanic. Emocionados com Rose e Jack num romance de muitas águas e lágrimas, choramos.

Emocionados, também choramos com povos não alcançados que ainda não conheceram o amor de Deus. Ainda esperam a visita de grandes naves com destemidos pares de gente, com sorriso estampado e braços disponíveis, que distribuam abraços, juntamente com histórias compartilhadas de alguém que escolheu morrer por eles e, de tanto amar, venceu a morte e ressuscitou, reascendendo a chama minguada da esperança. 

“Estamos em obras”. Esta deveria ser a placa informativa semelhante ao “homem propaganda” que anuncia comprar ouro e prata. Mas, o verdadeiro dono do ouro e da prata, nos quer  aprendizes, e nos presenteia com oportunidades de sermos melhores que os criadores de peças publicitárias anunciando não um produto, mas o verdadeiro amor. Um amor que transcende o tempo. Não teme altura. Desbrava oceanos e mares. E, o melhor, está disposto a aprender um pouco mais.

Estagiário tem que estar atento às oportunidades. E estas podem morar ao lado. Sentar conosco no banco do trem. Dividir o aperto no ônibus lotado. Atravessar a rua todos os dias lado a lado. Responder ao nosso “bom dia” com entusiasmado, ou por obrigação. Trabalhar conosco. Receber nosso pagamento no banco. Servir-nos o cafezinho. Almoçar na mesma mesa e até passar o sal! “Estamos em Obras” e somos “Estagiários do Reino”, estas deveriam ser as nossas identificações tal como no crachá, que nos permite circularmos e nos habilita a acessos.

O órfão, a viúva e o estrangeiro, multiplica-se ao nosso redor e não nos damos conta deste nosso porto! Excluídos e marginalizados sociais; homens e mulheres em situação de rua, nossos iguais. Os encontramos em vielas, bares, “pontos”, biqueiras, viadutos e invasões, restos de vida em demolições. Dependentes da química que encarcera, subjuga almas e nos prova. Trabalhadores do sexo - travestis e garotas de programa – escravizados pela vida "nada fácil", sem glamour ou purpurina, na esquina da igreja, vistos por uns poucos.

Onde estamos, é nossa embarcação. Somos tripulantes, aprendizes em obras e servos atendendo ao comando do Mestre. Não temer, pois é Ele quem está no controle! Levar água aos que esperam Vida em abundância. Os olhos atentos do Pai estão sobre nós. Na água, na terra ou no ar, sim... “Posso Voar...”**
Com ou sem nevoeiro, a voz do Capitão ressoa: “Meu plano é você!”**

O Café na Garagem é nosso “Logos Hope”.

Sempre há tempo, ainda que fora de tempo, de degustar um Café com Deus. Nossa garagem é em qualquer lugar.

Levantar Âncora!!!!!!!!!!!!!!!

*Logos Hope. Embarcação que leva o amor de Deus aos povos não alcançados.
** Anderson Dantas. Trilha sonora da embarcação.

Maria Grizante.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Provérbios 3.5 e 6.





"Confia no Senhor de todo o seu coração
e não se apóie em seu próprio entendimento;
reconheça o Senhor 
em todos os seus caminhos,
e ele endireitará as suas veredas."

SERMÃO DO MONTE


Bem -aventurado os humildes de espírito,
porque deles é o reino dos céus.

Bem-aventurados os que choram,

porque serão consolados.

Bem -aventurados os mansos,
porque herdarão a terra.

Bem-aventurados os que tem fome e sede de justiça,
porque serão fartos.


Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.

Bem-aventurados os limpos de coração,
porque verão a Deus.

Bem-aventurados os pacificadores,
porque serão chamados filhos de Deus.

Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça,
porque deles é o reino dos céus.

Mateus 5: 3-10


  

domingo, 16 de outubro de 2011

Eles Conhecerão a DEUS!
(Através da Minha Vida)

Toda hora é hora de oração em favor da Somália.  Nome estranho, mas orar pelo Chifre da África, onde a morte é crônica e a fome é a tônica de seres tão iguais, porque são humanos e distantes do complemento que traduz: Dignidade, é mais que desafio, deve ser ato constante como respirar.

Todo joelho de mãe, ainda que não dobre de fato, tem que estar a serviço e em favor dos filhos daquela terra. Clamando. Chorando. Orando. Filhos de morte prematura, que em vida pouco conhecem do que seja  riso, alegria que vem da pureza e quem tem ao menos... Pão! O amanhã, o minuto seguinte, não lhes pertence. A mim pertence, o segundo depois do tempo em que orei e devo orar de novo e de novo, pelo filho que não é meu, pela dor de barriga vazia que não conheço, pela canção de ninar que não cantei.

Sim, sou responsável! Por achar que nada posso fazer. Sou impotente. Sou descrente e minha fé não atravessa o mar? Não ultrapassa os limites do meu umbigo? Está a serviço somente do que me convém? O cheiro de morte alcança minhas narinas na sala de estar. Na longarina que combina com a cortina do lugar chamado 'igreja'.

O constrangimento é tamanho que em todo o tempo “mando lembretes” para Deus. Que tolice a minha! Ele os conhece e os ama! Eu é que não os conhecia e tenho a oportunidade de conhecê-los e amá-los! E orar por eles! E clamar por eles! E dobrar os joelhos por suas vidas. Orando em todo o tempo, meu coração já está lá, naquela terra inóspita, ressequida pela ganância dos homens. Árido chão esquecido, tão igual ao coração dos homens que selecionam quem vive ou quem morre... De fome.  

Meu coração carrega uma criança nos braços, e no afago imaginário, desafio o olhar do pássaro que espreita a morte que ainda não venceu, e quer dela saciar sua fome. Envergonhado de mim, ele se vai. Troco olhares com a mãe, que não vê mais naquela estrada o fim para a dor de sua alma, o fim da dor da fome. Dela nasceu e Deus dela se lembrou, despertando gente mundo afora com chance de exercitar o amor.

A ajuda humanitária certamente alcançará os pequenos e suas mães! Mas o coração de quem se dispusera a doação de tempo, a arregimentar “soldados” para lutar contra a fome, incansáveis voluntários em favor da vida, colocando a sua em risco. Estes certamente já o são conhecidos, por Deus. Levam a sério o tal do “Eis-me Aqui...”.  Estão sempre prontos a servir, na tristeza, na dor, na escassez. Estão aliançados com o Pai e comprometidos com o outro, até que a morte os separe. Em nome do amo e por amor de Jesus, todos “Eles Conhecerão a Deus”! Amém.

Texto dedicado a todos os voluntários da SOSGlobal.

Maria Grizante.
  

quinta-feira, 13 de outubro de 2011



AOS MESTRES SEM CARINHO:
FELIZ (?) DIA DOS PROFESSORES!

Trabalhadores de rosto desfigurado e cansaço estampado retratando o heroico ofício de ensinar além do que foi pensado no gabinete de alguém. No espaço chamado escola, dois mais dois, há tempos não é igual a quatro. Lugar onde a cola não compensa, dispensa comentário, o submundo invade a revelia, e discursos inflamados dão conta de que tudo vai mudar e o que muda é o surto do educador a cada novo dia.

Educador e mestre que insiste em ensinar aos quase futuros eleitores o que não aprenderam no berço, culpa do social, econômico, visceral, do salário pouco, mensal. No horário nobre, notícia vil, mais um ponto no ibope do telejornal.

Se forem mulheres, desvalorizadas, taxadas apenas de “mal-casadas”, como disse alguém que foi alfabetizado, berço de ouro e amamentado por peito de aluguel, ignora a realidade de faculdade as portas da idade cruel. Se forem homens, que escolheram formar gente, urgente, do caos da obra de Dante, ou antes, que a morte os separe, família aguarda sustento, minimamente decente.

Mães de Paraíso ignorado, humilhada em sala de aula, ouvindo com constrangimento: “Cala boca sua vadia!”, calafrio no verão, vê perpetuada a regra, sem exceção, de descaso e falência deste sistema prisional, digo, educacional, falido e moribundo, uma pá de terra em troca do pão.

E não tem vez... A pessoa que fez... Faculdade e inglês...
Rachou português... Inscrição pagou o ex... Passou no concurso do mês.
Sonhou a profissão! Zumbi em procissão! Ensinar é inclusão!
Vida de gado é a opção? Qual é a sugestão? Uma nova concepção.

E educador sobrevive aos muitos arranhões. Inspira cuidados!
Agonizante Falta de Educação, ocupando leito de UTI, sem previsão... De alta.
“Cala a boca, e me proteja do próximo tiro na sua cara!".
Insanos ignoram os gritos, esses malditos, donos do poder. Pagam pra ver!
A greve que não dura tanta pressão, reportagem dando conta de que o problema e a solução são professores comprometidos com o que só se lê no dicionário ou na Constituição: Direito do Cidadão em Formação Dever do Estado.
Estado eleitoral. Fubá garantido no fim do mês. É eleição!
Pátio sem amarelinha, a rima não marca. Qual é o celular? É eleição!
E esta geração. Sem rumo. Perdida. Sem perspectiva... De formação.
Carros blindados, dos herdeiros do imposto público, criam seus filhos longe da escola de merenda duvidosa. Escárnio e resto para os da outra classe. Enquanto que o abastado, babá até envelhecer. Carro do ano, só importado. Gente é pino de boliche, não cabe agora, tratar do eterno trote de ver pobre sofrer e, por fim, morrer. Neste grupo, a contragosto, professor é incluído, morre a cada novo período... Mês... Ano letivo... Sua arma é o giz, sua defesa, o conhecimento. Sem cumprir o ofício, não de carcereiro e muito menos de bobo da corte, vai escrevendo história de herói sem trilha sonora, na contramão o dom de ser um EDUCADOR!

Texto dedicado a todos os professores mutilados, adoecidos e humilhados e que ainda insistem:
"...sin perder la ternura jamas!" (Ernesto Che Guevara).

Maria Grizante.

domingo, 9 de outubro de 2011

Tão somente creia!


"Disse-lhe Jesus: Não lhe falei que, se você cresse, veria a glória de Deus? "
(João 11:40)

Ter fé e confiar que Deus proverá nem sempre é fácil. É um processo de crescimento, e a atitude que você precisa ter enquanto está esperando é como aquela da pequena criança - "Sábado está chegando!". Em vez de desistirmos e ficarmos frustrados, perceberemos que recebemos as promessas de Deus pela fé e paciência. Continue a falar sobre a promessa e não sobre o problema. Não temos de ficar chateados enquanto estamos esperando, podemos optar por permanecermos esperançosos e alegres!

(Joyce Meyer)