Devo dizer que no começo sentirei falta (da badalação da
rede)... Ler até o final é para os
fortes!
Talvez não a falta de quem tenha
cobertor pequeno e que quando consegue embrulhar o pé a orelha congela no frio
de um outono que se avizinha de um inverno rigoroso.
Não a falta de quem chega numa
casa que nunca foi sua, mas algo que pôde um dia chamar de lar, enquanto a
injustiça social não o fez refém de um “capetalismo” selvagem e faminto.
Não a falta de inimigos sinceros,
mas de amigos revelados em saborosas risadas, audíveis ainda que com alguns
choros a decorar quadros portáteis desta vida tão nutrida de vaidades.
Tempo curto.
Tempo precioso.
Tempo que não volta.
Tempo de resgatar sonhos.
Tempo de dar um tempo nesta vitrine.
Tempo de não permitir mais este permissivo roubo...
Do tempo.
“Quero a utopia, quero tudo e mais/Quero a felicidade nos
olhos de um pai
Quero a alegria muita gente feliz/Quero que a justiça reine
em meu país
Quero a liberdade, quero o vinho e o pão/Quero ser amizade,
quero amor, prazer
Quero nossa cidade sempre ensolarada/Os meninos e o povo no
poder, eu quero ver
São José da Costa Rica, coração civil/Me inspire no meu
sonho de amor Brasil
Se o poeta é o que sonha o que vai ser real/Bom sonhar
coisas boas que o homem faz
E esperar pelos frutos no quintal/Sem polícia, nem a
milícia, nem feitiço, cadê poder ?
Viva a preguiça viva a malícia que só a gente é que sabe ter
Assim dizendo a minha utopia eu vou levando a vida/Eu viver
bem melhor
Doido pra ver o meu sonho teimoso, um dia se realizar “. (Milton Nascimento).
Meu coração é cristão por reconhecimento e identidade.
Civil sempre e desde sempre utópico.
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