quinta-feira, 21 de julho de 2011

Posso Te Dar Um Abraço?

Não, não vou elogiar o seu cabelo! Se é natural. Com chapinha ou progressiva. Tintura ou luzes. Não vou perguntar sobre a maquiagem e nem os acessórios. Não quero saber da grife de suas roupas e calçados. E nem quero saber se é Hetero, Homo, Bi ou Trans. Não estou aqui para isto! Não faz diferença se já foi passista ou se morou no exterior. O que realmente faz diferença é sua resposta: Posso te Dar um Abraço?

É com esta simples pergunta no trabalho de imitar Paulo, que admitiu ser um imitador de Jesus, que por sua vez nos animou a “Irmos...” e, em Seu nome, Amarmos, que iniciamos um relacionamento de amizade com a população dos excluídos e marginalizados do nosso tempo. Então, anunciamos o amor de Deus e incluímos o que parece invisível aos olhos do mundo, mas que nunca o foram para Deus. Ele continua enxergando a todos sem distinção, ainda que alguns insistam em não vê-los, Jesus os vê. Como viu a mulher samaritana ou o que subiu no alto da árvore para ter uma melhor visão. Sem máscara, Ele viu o homem no alto da árvore. E também nos vê! Assim falhos e miseráveis. Errantes e dissimulados. Traidores e egoístas. Corruptos e golpistas. Descomprometidos e descompromissados. Tal e qual o exército destes que estão à margem. E imitando, seguimos na intenção de 'quebrar o gelo' com simples e impagáveis abraços.

Classificados como escória da sociedade, Deus os conhecia antes de nascerem, e tanto os conhecia que “deu o seu Filho único...”. É triste, mas muitos, que insistem em não ver, até cortam caminho para não serem “contaminados”. Ou, trilham pelo caminho da demagogia e presunção de ‘paladinos da liga da justiça’, defendendo em discursos inflamados e convenientes, porém em nada convincentes. Quando não criam religiões e círculos moralistas e colonizadores, deixando-os de fora ou obrigando-os a cortarem cabelos ou mudarem de roupas, quando não impondo a sexualidade para serem “aceitos” por Deus. Na religiosidade, ignoram o próprio Deus que disse: “Vem filho amado, como esta...”, e desconsideram que é o Espírito Santo quem trabalha, não a sua imposição.

Ao ler João 3.16, fica explícito o tamanho do amor do Criador. Ele não disse (que fique claro que não estudei, apenas penso e percebo de Deus) que amaria, ou que seu único e amado Filho morreria pelos bem apessoados; os cheirosos; os de cabelo e barba feita; de roupa limpinha; sem vícios ou transgressões; sem B.O.s (boletins de ocorrência) indicando passagem pela polícia; os não compulsivos por álcool, drogas e sexo; os obedientes; os que realmente amassem ao próximo e de modo especial aos inimigos; os fiéis no casamento; os éticos e de conduta ilibada; as virgens e os virgens; adoradores fiéis do Deus Todo Poderoso. Enfim, amaria, morreria e deixaria promessa de vida eterna somente para os “queridinhos do Papai”!

Lembrando:

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho único para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha vida eterna.” (João 3.16).

Em menos de trinta palavras, é descrito o grande e infinito amor de Deus. Somente uma concessão para alcançar a vida eterna: crer no Filho, que provou da morte, e ressuscitou. Fazer parte do Reino ainda aqui nesta terra. Logo, se o que está à margem entender e provar ainda que um pouquinho, deste amor através de um simples abraço, ou ainda de um tratamento digno no amor de Deus, corre para os braços deste Pai amoroso. Como o fez o ladrão na cruz; a mulher adúltera e a prostituta; o cobrador de impostos (o político corrupto da época); o leproso (que semelhante ao morador de rua, causa repulsa) e o que foi liberto dos males que o atormentavam.

O amor incondicional, este que aprendemos desde pequenos que trata dos dois maiores mandamentos (“Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”), não ficaria relegado ao plano da celulose e formatos de letras que indicam diferentes símbolos, escritas, idiomas e, por conseguinte, povos. Por vezes tão longe e tão perto de tocarem neste Deus que cremos e amamos. Condição única: apresentá-lo. Bastariam simples traduções universais, com qualidade certificada. Onde o abraço fosse o fio condutor para se estreitar laços. Encurtar caminhos. Propiciar a amizade. Facilitar acessos. Assim como pontes sobre as águas.

E nestas águas, prevalecer as fontes. Fontes de amor inesgotável. Que absolve e não condena a dor. Que chora a lágrima do outro. Não se ufana. É Ágape. Perceptível e inigualável. Invade noite adentro e, na madrugada vira interrogação e atitude; inclusão e acolhimento; de quem também foi alcançado por este amor. Sem rodeios. Simples assim:

Posso Te Dar Um Abraço?

Pois Deus Morreu Por Todos.

Eu já sabia.

“A misericórdia triunfa sobre o juízo.” (Tiago 2.13b)

Maria Grizante.

Um comentário:

  1. OLÁ QUERIDA!!!
    GOSTEI DO SEU CANTINHO ESTOU SEGUINDO SEMPRE QUE PUDER ESTAREI POR AQUI, PARABÉNS PELO SEU TRABALHO AQUI NO BLOG. DIANA.

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